domingo, 11 de setembro de 2016

Ressureição

Sempre que faço ou invento alguma coisa em tricô ou crochê, anoto, num caderno que mantenho na bolsa pra informações gerais, os dados do trabalho (número de pontos, tamanho das agulhas, fio usado, cor etc.). Tentei deixar um caderno grande só pra isso, mas na maioria das vezes preciso consultar, então acabo usando o pequeninho que vai comigo aonde eu for. O lance é que o caderno acaba, vai parar num armário e, quando eu preciso rever, lembrar, refazer ou adaptar, tenho de remexer tudo e rezar pra encontrar o caderno certo.
Então resolvi anotar tudo on-line. Tudo num canto só, mais fácil de procurar.
O Ravelry podia servir pra isso, mas tenho de aprender a usar e tou com preguiça. Isto aqui já existe mesmo, então bora ressuscitá-lo.
Não tenho propriamente a intenção de ensinar alguém, e sim de registrar pra mim mesma. Mas é claro que, se servir pros outros, acho massa. Quem não entender e quiser tirar dúvida, pode escrever, que tento esclarecer. Só digo isso porque não tenho a prática de escrever de forma didática, e talvez as anotações sejam claras pra mim, mas não pra outras pessoas. Mas sou à disposição pra esclarecer, caso alguém se interesse por algo.
Enfim, ao trabalho!


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Desencanto


Toda essa história da morte de Cory Monteith quebrou pra mim o encanto de Glee.
Ok, posso até soar como uma adolescente ingênua que acredita na ficção. Mas não é bem isso. Em quatro anos, já vi alguns depoimentos de fãs de Glee que se reconhecem naqueles personagens, naquelas histórias, nas dificuldades dessa idade, nas alegrias de se descobrir único e se valorizar por isso. Eu mesma tenho certa dificuldade de entender toda essa paranoia de loser e winner dos americanos, especialmente na high school. Mas me comovo com o diferente que cada vez se sente mais seguro pra se mostrar tal como é.
Glee deveria ser inspiradora. Aparentemente é isso que é pro público. Por que não foi capaz de ajudar um dos caras que estava dentro de todo esse trabalho? Como é que esse cara termina esta vida sozinho num quarto de hotel, bebendo e usando heroína? Como é que ninguém pôde fazer nada pra impedir isso?
É triste e, de certa forma, desencantador.
Tenho revisto os primeiros episódios da primeira temporada. Um monte de referências a drogas, ligadas ao personagem Finn. Será que já sabiam disso tudo? Se o trabalho começou em 2009, talvez. Então fazer piada com isso é o certo? Se não sabiam, foi tudo casual?
Nem sei se quero continuar a ver, na próxima temporada. Além de toda a tristeza própria do fato em si, esse algo que fazia de Glee uma série especial pra mim, mesmo nos meus 40 e tantos anos, parece perdido.
Tomara que não, mas...

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mas, quando a crise passar e eu voltar a acreditar que posso tocar, vou aprender essa música.


Normalmente, eu não curto muito esses lances meio mórbidos. Mas aqui fica tão levezinho e fofo, que não dá pra não gostar.
Como disse a Iá, Clarice é a nossa nova mania musical.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Vim aqui pra dizer que hoje é um daqueles dias em que sinto que esse negócio de violão não é pra mim. Então olho minha última postagem, que nem lembrava que tinha escrito, e lembro como foi difícil aprender o tricô, que hoje é uma tranquilidade. É certo que inda não passei pro lace, mas tá na fila. Em compensação, fiz meu primeiro casaco raglã feito de cima pra baixo, cuja foto fico devendo, porque já dei de presente sem registrar. Um dia também registro as dicas.
O fato é que, se eu aprendi a tricotar, também posso aprender a tocar razoavelmente direito. Mas hoje parece que não. Sai tudo feio, tudo me deixa triste e insatisfeita.
Aliás, até outras coisas que eu achava que já tinha conquistado, que faziam parte da minha vida, hoje sinto como se não fossem pra mim. E essas são bem mais sérias e tristes de perder. Numa hora dessa, seria mais importante ainda saber tocar. Pra ir fundo na tristeza. Um dia, quem sabe? Mas hoje parece que não.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Sabático involuntário

Ou voluntário, mas inconsciente.
Dia desses me dei conta de que faz um tempão que não pego nem numa agulha de crochê nem numa de tricô. Nem sei desde quando, um mês, dois meses? Tampouco sei por quê. O fato é que entrei numa pausa e já tou morrendo de saudade.
No tricô, ando a fim de avançar um pouco e começar a aprender o rendado ou lace, mas fiquei com preguiça de encarar as instruções e gráficos aparentemente bem complicados. Quem usa acha que é tranquilo, sem mistério. Pra mim os de crochê são assim, então deve ser só uma questão de botar fé e começar. De qualquer modo, desde o início foi assim com o tricô, porque eu passei anos odiando não conseguir, não saber consertar, não me entender com ele. E um dia enfiei na cabeça que ia aprender e pronto.
Agora tá na hora de avançar. Recurso na internet é que não falta. Além disso, ganhei um livro maravilhoso no Natal, então não tenho mais desculpa.

Vou ver se consigo começar por esse xale aqui.
Se desse tempo, até participaria do sorteio, seria o máximo. Mas aí já é querer demais... Vamos por etapas, que a frustração é menor.

terça-feira, 27 de março de 2012

Erato

Eu quero aprender a fazer isso!
Se meus olhos não me enganam, é o mesmo batuque que o Palavra Cantada faz no "Fome Come".
É delicioso de olhar e deve ser mais delicioso ainda de fazer!


Falando em aprender um troço muito difícil, comecei a arranhar uma musiquinha no violão. É desesperador, mas quem sabe eu saio do arranhado um dia desses...
Notícias na hora em que der vontade (de ano em ano eu apareço aqui, como se pode ver.)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Harry Potter no cinema

Então que nas férias levei as meninas pra ver a bendita segunda parte do Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Como eu já imaginava, é irritante de tão ridículo. Tá bem, vamos que seja possível desconsiderar todas as falhas gritantes na adaptação do livro pro cinema, por causa da diferença de linguagem, da necessidade de enxugar os detalhes etc. O que não dá pra entender é que um livro que é cheio de emoção, que me fez chorar várias vezes, sentir medo outras tantas, sofrer com o risco de os personagens mais queridos morrerem, que me deu até vontade de amarelar, não ler e esperar alguém me contar, de tanto medo de ver alguém de que eu gostava morrer, virar um filme tão frio. Eu não me emocionei nem um pouco (a menos que consideremos a raiva uma emoção válida para este caso). E eu chorava no "Gente que faz", do Bamerindus, vai vendo.
Esse é pra mim o defeito mais grave.
Mas tem também os detalhes.
De início, o filme devia se chamar Harry Potter e A RELÍQUIA da Morte. Porque eles praticamente ignoram a pedra e, principalmente, a capa. Que, lembremos, é uma das relíquias mais significativas na história. É por causa da capa que o Harry passa a acreditar que as relíquias da morte não são só uma lenda, um conto infantil. Além do mais, tem o aspecto simbólico de cada uma das relíquias, que fica bem claro quando o Xenofílio pergunta aos meninos qual delas eles escolheriam, se pudessem. Cada um escolhe aquela que tem mais significado pra sua vida. Mas isso eu nem esperaria mesmo que aparecesse no filme, claro. Porque, a despeito de todas as mensagens morais que a história traz, eles só consideram os fatos puros, e malemal. Mesmo assim, esperaria que a capa da invisibilidade do Harry, importantíssima em toda a história e mais ainda neste último livro, fosse usada mais que uma vez nas duas partes do filme.

Além disso, é ridículo que os produtores não consigam resistir à tentação dos efeitos de computação: porque, oras, me digam de onde surgiram tantos comensais da morte como aquela multidão que aparece na hora da batalha. Acho que não deve haver nem aquela quantidade de bruxos no mundo do Harry Potter, francamente! Me lembrou a mesmíssima escolha equivocada, chamemos assim, que aparece num dos momentos de O Senhor dos Anéis.

Outra coisa estúpida é a suposta despedida entre o Harry e a Hermione e o Rony. Ele dá um abraço nela, deixa claro que vai morrer e mal olha pra ele. Pô, não são melhores amigos? Emoção igual à que ele demonstra quando vê o espectro do pai, junto com os outros que tinham morrido, ao rolar a pedra da ressurreição.

Aliás, aí é a única parte em que se menciona, beeem de passagem, o filho do Lupin. Que é outro elemento bastante significativo no encerramento da história, porque, como o Harry, também fica órfão ainda bebê, na batalha da Ordem da Fênix contra os bruxos das trevas, mas, ao contrário do Harry, cresce feliz, com uma família substituta que cuida dele, o ama, respeita etc. Ou seja, num mundo em que as trevas não têm mais lugar. Mas pra que dar bola pra isso, certo?

Um outro troço que enlouquece é a falta de coerência dos filmes entre si (que às vezes aparece num mesmo filme, aliás). Se todas as lembranças armazenadas em frasquinhos eram tiradas da têmpora, em forma de luz brilhante, por que raios as do Snape eram lágrimas??!! Tá, eu sei que era pra mostrar que ele tava triste, mas putz, mostra ele chorando e tira as lembranças das têmporas, caramba! O público não é tão burro assim que não compreenderia duas coisas tão simples acontecendo ao mesmo tempo na cena.

E, só pra não encher muito o saco, um negócio pra lá de imbecil: se todos os bruxos morrem e seus corpos ficam estirados pela escola, inclusive os comensais da morte, por que é que a Belatrix e o Voldemort desintegram? Vai, eu até acharia só imbecil, mas aceitável, se fosse só o Voldemort, que, afinal, está só com um restinho de alma no corpo, porque outros 7 pedaços dela tinham sido mortos com as horcruxes. Mas a Belatrix, pelamordedeus! É ridículo demais.

Enfim, na minha opinião esses filmes não servem pra nada, a não ser pra gerar rios de dinheiro pros envolvidos na produção. E, pra abafar todas essas ofensas aos livros, que, já ficou claro, estão na lista de preferidos de todos os que já li, nada melhor do que jogar holofotes no elenco, na vida supostamente pessoal dos atores, especialmente os jovens, explorar bem o seu lado celebridade, que assim os fãs da série passam a endeusar os filmes a despeito dos seus furos absurdos.

É a cara da cultura pop destes nossos tempos, infelizmente.
Pra não ser estraga-prazer!

No começo, eu evitava falar das tramas dos filmes, livros e séries que comento aqui, mas isso limita muito e, com o tempo, dei mais liberdade às minhas postagens.
Porém, como eu não gosto que me contem as histórias, como eu adoro as surpresas que os criadores geralmente nos preparam com tanto esforço, não quero estragar o prazer de ninguém.
Se você é como eu, melhor ler ou ver antes. Mas convido-o a voltar depois, pra saber o que eu achei.